Para muitos pacientes, os primeiros sintomas são tratados como infecções comuns, levando a uma longa e frustrante busca por respostas, muitas vezes passando por emergências médicas em vez de consultórios especializados.
O impacto das idas ao pronto-socorro
Muitos pacientes com HS relatam que, durante crises agudas, acabam recorrendo a prontos-socorros devido à intensidade da dor ou à presença de lesões. No entanto, os ambientes de emergência são voltados para tratar sintomas imediatos, como a drenagem de abscessos, sem aprofundar a investigação da causa subjacente. Com isso, o problema é apenas temporariamente aliviado, mas a condição crônica permanece sem diagnóstico. Essa abordagem não apenas posterga o início de tratamentos eficazes, como também pode agravar o quadro, já que o manejo inadequado das lesões pode causar mais cicatrizes e infecções recorrentes.
Falta de conhecimento e o estigma do paciente
Outro obstáculo é o desconhecimento generalizado sobre a hidradenite, mesmo entre alguns profissionais de saúde. Muitas vezes ela é confundida com furúnculos, cistos, dentre outras condições, levando a diagnósticos equivocados, até mesmo sendo relacionada a hábitos de higiene. Esse estigma pode ser devastador, gerando vergonha e adiando ainda mais a busca por tratamento especializado.
Um diagnóstico que exige especialização
Para se diagnosticar a hidradenite é preciso ter uma visão clínica experiente. Reconhecer os fatores de risco, como histórico pessoal e familiar, áreas afetadas e tipos de lesões é crucial para diferenciar a HS de outras condições semelhantes.
Sensibilizar a sociedade e os profissionais de saúde é o primeiro passo para garantir que os pacientes encontrem o caminho certo para um tratamento adequado e que tenham sua qualidade de vida restaurada.
