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É fundamental entender que o diagnóstico da Hidradenite Supurativa (HS) requer uma avaliação médica adequada, que depende de um dermatologista qualificado para identificar esta condição de forma efetiva. Considerada uma doença rara e de causas ainda não claramente estabelecidas, ela pode levar até 12 anos para ser diagnosticada, acumulando os mais diversos impactos na saúde física e mental dos pacientes.

Dentre as possíveis causas estão:

Fatores genéticos:

acredita-se o que a HS pode ser mais comum em pessoas com histórico familiar da doença. Além disso, as mulheres são mais afetadas.

Fatores hormonais:

mudanças hormonais podem influenciar no desenvolvimento da HS, visto que ela tende a se manifestar após a puberdade e pode piorar em certos períodos do ciclo menstrual.

Inflamação e obstrução:

a obstrução dos folículos pilosos e das glândulas sudoríparas, que resulta no acúmulo de sebo e bactérias, origina uma inflamação crônica, o que causa os nódulos, abscessos e fístulas característicos da hidradenite supurativa.

Estilo de vida e hábitos:

fatores como o tabagismo, obesidade e estresse também podem estar associados ao desenvolvimento ou agravamento da condição.

Disfunção imunológica:

evidências apontam que a hidradenite supurativa pode estar ligada a uma resposta anormal do sistema imunológico, em que o corpo ataca equivocadamente as glândulas sudoríparas e os folículos pilosos.

É importante ressaltar que a presença de outras doenças concomitantes pode tornar o tratamento da Hidradenite mais complexo, uma vez que essas condições podem interagir entre si.

A HS não é uma doença contagiosa e não pode ser transmitida diretamente de pessoa para pessoa. Essa condição é causada somente por fatores internos, conforme citado anteriormente.

Abordagens e tratamentos

Tratamento cirúrgico de lesões

Em casos mais avançados, a cirurgia pode ser necessária para tratar lesões específicas da hidradenite supurativa. Essa abordagem cirúrgica pode envolver a remoção de abscessos, fístulas e tecidos afetados.

Excisão e reconstrução

A excisão cirúrgica é uma técnica comum para tratar a HS. Nesse procedimento, as lesões e tecidos inflamados são completamente removidos. A reconstrução posterior é realizada para fechar a ferida e restaurar a aparência e a função da pele afetada.

Terapia a laser

Além da excisão tradicional, a terapia a laser também pode ser utilizada para tratar a hidradenite. O laser CO2 fracionado é especialmente eficaz na redução de lesões e cicatrizes.

Drenagem de abscessos

Em casos de abscessos agudos, a drenagem cirúrgica pode ser necessária. Esse procedimento envolve a remoção do líquido purulento acumulado, aliviando a dor e a inflamação. A drenagem adequada pode ajudar na cicatrização e prevenir a formação de novos abscessos.

Medicamentos

Podem incluir antissépticos, antibióticos tópicos, imunossupressores, injeções de corticosteróides, dentre outras substâncias para redução do processo inflamatório e controle de infecções.

Cada caso de hidradenite supurativa é único, e o tratamento cirúrgico deve ser adaptado às necessidades individuais do paciente. É fundamental trabalhar em estreita colaboração com um cirurgião dermatológico experiente para desenvolver um plano de tratamento personalizado.

Busque apoio profissional

Não hesite em buscar apoio profissional para cuidar tanto da hidradenite supurativa quanto das condições psicológicas e psiquiátricas a ela associadas. Uma equipe multidisciplinar pode ajudar no manejo do estresse, no tratamento da ansiedade e depressão e no desenvolvimento de estratégias para melhorar a qualidade de vida.

O mapa da Hidradenite Supurativa

Atinge 1% da população mundial

Atinge 4,1% da população mundial

É até três vezes mais frequente entre o sexo feminino

É até três vezes mais frequente entre o sexo feminino

Não tenha cura, mas pode ser controlada

Não tenha cura, mas pode ser controlada

Possui três estágios de evolução

Possui três estágios de evolução

Manifesta-se na faixa etária entre os 20 e 40 anos, mas também pode iniciar na adolescência

Manifesta-se na faixa etária entre os 20 e 40 anos, mas também pode iniciar na adolescência

As áreas mais atingidas possuem mais dobras e sofrem fricção (axilas, nádegas, genitais, virilha, inferior das mamas)

As áreas mais atingidas possuem mais dobras e sofrem fricção (axilas, nádegas, genitais, virilha, inferior das mamas)

A região perianal (entre a genital e o ânus) é mais afetada no público masculino

A região perianal (entre a genital e o ânus) é mais afetada no público masculino

É recorrente, podendo acontecer ao menos duas a três vezes em seis meses

É recorrente, podendo acontecer ao menos duas a três vezes em seis meses

Quase a totalidade dos pacientes relata dor crônica

Quase a totalidade dos pacientes relata dor crônica

Causam lesões na superfície, bem como debaixo da pele

Causam lesões na superfície, bem como debaixo da pele

Pode aparecer em diversas regiões do corpo

Pode aparecer em diversas regiões do corpo

É confundida com infecções, retardando o diagnóstico

É confundida com infecções, retardando o diagnóstico

Pode ser influenciada pelo histórico familiar

Pode ser influenciada pelo histórico familiar

Causa significativos impactos psicológicos

Causa significativos impactos psicológicos